Cecillia: 35

"Aquela..." - mas a voz de Draco desapareceu ao ver que logo atrás delas vinham outros comensais, e não só isso... Dementadores.

A mais nova logo puxou sua varinha. Era seu trabalho defender aquela casa. E ela o faria. Mesmo que para isso tivesse de duelar com a mãe.

"Expecto Patronum!" - Harry, junto de Gina, Rony, Hermione, Luna e Neville logo tomaram a frente.

Uma corsa, guiando alguns outros animais feitos de pura luz saltaram no ar por cima das duas comensais, expulsando os dementadores.

Porém, o frio da floresta não parecia diminuir... Será que poderia ser o nervosismo de Cecillia que fazia ela sentir tanto frio...?

Ao se virar, porém, logo deu de cara com um dementador.

"Ah! Expecto Patronum!".

Um gato de pura luz saltou diante dela, avançando na direção do grande dementador...

Ela pegou um Malfoy incrédulo pela mão e logo o puxou para fora da floresta. O pequeno gato teria de dar conta dos dementadores que viessem por ali, uma vez que os demais animais estavam ocupados retardando e caçando os dementadores que tentava se aproximar pelo céu aberto.

O jardim de dança já havia se tornado uma verdadeira zona de batalha. Os convidados que ainda estavam acordados tentavam fugir, sem sequer tentarem meter-se na batalha... O senso de sobrevivência sonserino gritava dentro deles de que aquela era uma batalha perdida... E afinal, não era?

Um exército de comensais e dementadores contra sete membros da ordem da fênix e dois Malfoys?

"Expelliarmus!".

"Protego!".

"Alarte Ascendare!”.

“Confundo!”.

“Estupefaça!”.

“Bombarda!”.

“Cruiciatus!”.

“Imperio!”. – Bellatrix e Lillian usavam as maldições imperdoáveis quase como se fossem as únicas palavras que conheciam, mas, por algum motivo, parecia que o objetivo delas não era matar nenhum deles.

“Flipendo!”.

“Langlock!” – Cecillia tinha um bom arsenal de feitiços criados por Snape, afinal, ela era a sua melhor aluna em morte. – “Sectumsempra!”.

“Oppugno!”. – e logo todos os instrumentos que tocavam sozinhos estavam atacando os comensais, sem muito sucesso.

“Petrificus Totalus!”.

“Serpensortia!” – e num instante a varinha de Bellatris havia se tornado um chicote serpenteante, acertando os convidados que ainda tentavam desaparatar.

“Verdimillius!”.

“Impedimenta!”.

“Everte Statum!”. – pessoas eram jogadas no ar e depois contra o chão, alguns eram impedidos de aparatar daquela forma, e logo a festa havia se transformado num verdadeiro campo de batalha, com o jardim coberto por corpos desacordados, ou talvez pior.

Os feitiços voavam de um lado a outro atingindo já toda e qualquer coisa que estivessem em seu caminho. Comensal, membro da ordem, convidado, árvore ou mesmo objeto, aquilo não importava...

Ao menos, até o momento em que o chicote de Bellatrix envolveu alguém pelo pescoço. Ela puxou com força, e Narcissa Malfoy foi ao chão, com a mão tentando puxar o chicote para longe do pescoço sem sucesso.

“Oras, irmãzinha, está com saudades de Lúcio, é?” – a voz de Bellatrix logo ela cruel, insana e maligna, enquanto ela ria. Naquele instante, os feitiços cessaram de imediato. – “O Lorde logo lhe mandará para junto dele, não se preocupe...!”.

“Vamos matá-la agora, Bella!!” – a voz de Lillian era agora ainda mais insana que a da própria Bellatrix, e o sorriso em seu rosto era quase como o de um fantasma. – “Eu faço isso para você... Ava...”.

“Não!” – Cecillia e Draco logo tomaram a frente, ambos gritando ao mesmo tempo.

“Oras, se não é meu querido sobrinho, Draco... O Lorde espera seu retorno, sabe? Ele disse que se trouxer o corpo de Potter nós talvez possamos perdoá-lo.” – ela riu, jogando os cabelos compridos para trás. – “Talvez se vier rápido sua mamãe até mesmo esteja viva!”.

Draco apertou sua própria varinha com mais força. Cecillia podia sentir que de nada adiantaria continuar com aquela batalha. Os comensais venceriam, independente do que fizessem, afinal... Já tinham Narcissa.

“Me levem no lugar.” – ela propôs, soltando sua varinha na grama e dando um passo para a frente.

“E quem é que você pensa que é, moçinha?” – dessa vez era Lillian quem perguntava, com um riso histérico.

“Você deveria saber.” – a voz de Cecillia era agora fria, e um sorriso irônico surgia em seus lábios. – “Eu sou Cecillia Greenieart, mãe. E se não tivesse destruído a minha realidade, ainda estaríamos à quase 20 anos daqui. Vivendo pacificamente.”.

Lillian olhou para Bellatrix, depois Narcissa e por último, Cecillia. Por um segundo sua expressão era de confusão, porém, não demorou muito para que a insanidade em seus olhos apenas crescesse.

“Oh, então por que não é uma boa filhinha e vem aqui para o lado da mamãe?”.

“Eu jamais vou me unir à você.” – a voz de Cecillia era calma, fria, e sua expressão impassível. Ela estava disposta à dar a vida para salvar Narcissa Malfoy.

“Cruciatus!”.

Ela sequer tivera chance de saber quando é que Bellatrix havia voltado a varinha para ela, mas a dor que sentia era o suficiente para lhe fazer cair de joelhos, mordendo os lábios com força para não deixar o grito de horror escapar por eles. E assim como o feitiço veio sem aviso, também cessou sem aviso.

Draco correu para o lado da mesma, acariciando seus ombros.

“Dessa vez vamos levar minha irmãzinha. Afinal, o lorde está com saudades de seus queridos Malfoys... Mas, não se preocupe, Draco.” – agora seu tom de voz era ainda mais malicioso. – “Voltaremos para pegar você e sua namoradinha.”.

“Até mais, filha.” – a voz de Lillian era ainda mais maliciosa e insana que Bellatrix naquele momento, e chegou a gelar todos os presentes ali. – “Vamos!”.

E com esse grito dela, todos os comensais decolaram voo, se tornando uma grande massa de fumaça negra, levando Narcissa com eles.

“Não!” – Cecillia tentou chegar à sua varinha com um movimento rápido, mas, antes mesmo que seus dedos tivessem a chance de envolver o pequeno objeto, um estralo em suas costas a fez cair, completamente desacordada.

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