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Cecillia: 29

  • Foto do escritor: Giovanna Saggiomo
    Giovanna Saggiomo
  • 12 de jul. de 2016
  • 5 min de leitura

"Não, não, não e não." - começou Harry Potter que estava de pé diante da mesa de jantar, onde Draco, Cecillia e a Sra. Malfoy estavam sentados. - "Sra. Malfoy, a senhora só pode estar de brincadeira! A senhora tem noção do perigo que pode correr com isso!?!".

"Oras, Potter. Já estou convidando um número de convidados muito diminuto." - Narcissa começou a se defender, mas Hermione a interrompeu.

"Convidados que podem ser enfeitiçados!".

"Oras, Granger, basta melhorar seus feitiços de proteção, não?" - a voz de Draco era irônica como nunca, e ele pôde ver enquanto Ron parecia furioso.

"Não ouse falar assim com ela, Malfoy!"

"Ou vai fazer o quê, Weasley?".

Rony já estava puxando a varinha do bolso da calça quando Hermione segurou-o pelo punho.

Draco mesmo já estava quase deixando seu talher de lado para puxar a varinha quando Cecillia lhe deu um olhar sério.

"Senhores..." - Narcissa começou com uma voz tão calma e política, que Cecillia não pôde conter a expressão de admiração. Então aquela era a verdadeira feição de uma Malfoy. - "Essa é a nossa vontade. Estivemos quietos, aprisionados e calados por muito tempo. Não lhes causamos nenhum problema... Apenas estamos pedindo por uma atividade que seja... Vocês estão livres pelo mundo, e nós presos à nossa própria residência... Até mesmo a pobre Cecillia já conhece todas as folhas da mansão.".

Cecillia não sabia se aquilo era um elogio ou não, mas ela preferiu não pensar sobre aquilo...

Seus olhos ainda miravam as expressões frias intransponíveis de Narcissa. Era realmente uma bela mulher, forte e firme. Uma mulher admirável.

"Você concorda com isso, Ceci?" - a voz de Hermione chegava a tremer um pouco. Ela parecia temorosa da resposta da amiga. - "Você foi escolhida para proteger os Malfoys durante o período de estadia deles em moradia... Não podemos te forçar a ficar aqui com um fluxo de bruxos tão grande...".

"Eu vou ficar." - Cecillia respondeu sem nenhuma hesitação.

"Não podemos prever o que pode acontecer.".

"Não há problemas. Eu vou ficar... Ou melhor," - ela então dirigiu-se à Narcissa. - "eu ficaria mais que feliz se me fosse permitido ficar e continuar a proteger vocês.".

Ela falou aquilo com um sorriso no rosto, e por um segundo toda a sala mergulhou num silêncio desconfortável. Afinal, que estava havendo ali?

A mais jovem da sala sorria enquanto afirmava que manteria sua promessa de morrer por eles se preciso fosse. Ela não tinha mais ninguém.

A mansão Malfoy foi o mais próximo de um lar que ela conhecera após sua realidade se desfazer, e ela já passara mais tempo com Narcissa do que com sua própria mãe.

Não vinha tendo uma vida ruim... Claro, Draco não perdia uma única oportunidade de infernizá-la, e Narcissa não parecia confiar nela... Talvez, nunca confiasse...

Mas era uma vida boa. Uma vida pela qual valia a pena morrer.

"Oras!" - agora quem falava era Draco, com um daqueles sorrisos cafajeste que tanto a tirava do sério. - "Mas é evidente que vai ficar. Eu já lhe disse que é minha acompanhante e ponto final."

A frase dele causou uma surpresa tão grande no trio de grifinórios que Cecillia não conseguiu conter o riso. Mesmo Narcissa, que não parecia muito feliz com aquilo, parecia rir da cara deles. E Draco já estava em gargalhadas grosseiras.

O trio estava um pouco frustrado. Afinal, seu agente parecia ter sido roubado pelo outro time, e a frase de Cecillia parecia deixar isso ainda mais evidente.

A lealdade dela pertencia agora aos Malfoys, e embora ela parecesse justa e capaz de calcular os perigos daquilo, talvez até mesmo ciente de que aquilo muito provavelmente lhe custaria a vida, ela estava disposta à apoiar Narcissa naquela maluquice.

"Está bem." - agora era Harry quem falava, bastante frustrado e mal-humorado. - "Mas devido ao grande fluxo de bruxos aqui, haverá um maior número de membros da ordem.".

"O quê? Harry!" - Rony rosnou não tão baixo assim, furioso e frustrado.

"Harry está certo. Acredito que nós três, e talvez mais alguns de nós seja o suficiente.".

Narcissa chegou a abrir os lábios para responder qualquer coisa, mas Draco se colocara de pé, fazendo um pouco de barulho e calando todos os demais no recinto.

As duas mulheres à mesa olharam-no com certa surpresa, porém, ele respondeu sem lhes dar atenção.

"Mas tragam membros úteis e capazes então. Nada de trazer aqueles seus colegas inúteis do quadribol.".

Ron estava quase lhe respondendo quando Hermione lhe apertou o braço, em sinal que se calasse. Harry pareceu pensar por alguns instantes, e então, concordou com a cabeça.

"Certo. Eu irei falar com os membros que pretendo convocar.".

"Vestimenta social, e sem roupas de segunda-mão." - Rony sentiu a evidente provocação de Draco, mas, permaneceu calado. - "E bem arrumados e penteados, certo?".

Harry foi forçado a engolir as provocações, concordando com a cabeça... Afinal, talvez fosse mesmo melhor que os obedecessem. Quanto mais pudessem misturar-se aos convidados, melhor seria.

"Chegaremos algumas horas mais cedo para que possamos alterar os feitiços com tempo de sobra, certo?".

"Sim, estaremos esperando vocês, então." - quem concluiu o assunto foi Narcissa, que se levantou também, seguida de perto por Cecillia.

O trio deixou a mansão através da rede de flu, assim como havia chego. O clima do fim do jantar fora bastante pesado, e Cecillia tentou retirar-se à seu quarto o mais rapidamente possível, deixando os Malfoys à sós...

Afinal, muito provavelmente, ele e Narcissa estavam numa dicussão em que ela não seria necessária...

Porém, quando estava no meio da escada, a voz de Narcissa lhe chamou a atenção.

"Cecillia? Poderia se unir à nós por mais alguns instantes?".

A jovem respirou fundo silenciosamente e logo desceu as escadas, voltando ao hall.

"Pois não, Sra. Malfoy. Posso ajudá-la em algo?".

"Pode sim." - as respostas de Narcissa vinham mais rápido do que de costume. Talvez ela mesma estivesse ansiosa com alguma coisa. Porém, ela se demorou enquanto parecia formular sua pergunta. - "Está certa do que está fazendo?".

Mas que tipo de pergunta era aquela? Era evidente que ela estava! Afinal, não havia ela própria se imposto à Potter e seus amigos?

"Senhora Malfoy. Na primeira noite que eu a conheci, eu disse que daria minha vida por vocês.".

"Por que é seu dever como membro da ordem da fênix?".

Cecillia sabia o que Narcissa estava procurando. Um bom motivo para criticar sua atitude e tentar livrar-se dela. Ou talvez, um motivo qualquer para humilhar ela diante de Draco, uma vez que o loiro parecia divertir-se tanto a provocando.

"Não, senhora." - ela respirou profundamente uma vez antes de mirar Narcissa nos olhos. Ou aquilo ganharia seu respeito, ou ódio. Mas valeria a tentativa. - "Eu darei minha vida para protegê-los por minha própria vontade. Não por um dever.".

De início Narcissa pareceu chocada com a coragem da jovem de encará-la. Porém, a surpresa apenas aumentou após suas palavras.

Ela hesitou por alguns instantes, e então, olhou ao filho, que exibia um sorriso orgulhoso no rosto.

"Era apenas isso. Boa noite, Cecillia.".

"Boa noite, Sra. Malfoy.".

"Boa noite, Ceci". - provocou Draco, chamando-a pelo sobrenome que Hermione chamara.

"Boa noite, Draco." - ela respondeu de forma furiosa, tentando provocá-lo, porém, logo resultou em ele lhe dar um sorriso galã.

"Oh, por fim me chamando pelo nome! Estamos fazendo avanços! Acha que consegue aprender isso até a festa?".

Cecillia conteve o impulso de mata-lo, batendo o pé uma vez antes de virar-se furiosamente, subir a escada de forma rápida e entrar em seu quarto.

Draco ainda ria no hall ao observar as costas da mesma.

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