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Cecillia: 23

  • Foto do escritor: Giovanna Saggiomo
    Giovanna Saggiomo
  • 30 de jun. de 2016
  • 3 min de leitura

Ginny Weasley tomou a frente e apontou seu dedo pálido de longas unhas vermelhas para a bruxa mais jovem dali.

“A culpa é toda sua! Você mal aparece em nossa dimensão e os comensais já estão em polvorosa como nunca! Eles jamais teriam tentado algo desse tamanho sem ajuda! Sem uma espiã! Você e sua mãe são traidoras! Sempre! Não importa de que lado estão jogando!”.

As acusações da mais nova dos Weasley pareceu fazer todos na sala arrepiarem, claro, não tinham nenhuma prova disso, mas naquele momento de desespero, quando estavam todos temerosos por seus amigos, ninguém tomou a frente.

Nem mesmo os gêmeos tomaram a frente para defender a pequena sonserina das acusações da irmã mais nova, embora soubessem o quanto aquela acusação era injusta.

A pequena estava prestes a pegar suas compras e deixar a casa quando todos ouviram o estralar da brasa, o barulho característico da rede de flu. Quando olharam na direção da lareira, tanto Harry, Rony e o senhor Weasley saíram da mesma, sujos era bem verdade, mas inteiros.

“Parem já com isso.” – Harry fora o primeiro a se pronunciar, entrando. – “Cecillia não tem culpa de nada.”.

Ele olhou para Ginny com um olhar desgostoso e a ruivinha aquietou-se atrás dos gêmeos, Rony não parecia dividir da opinião da irmã, porém, também não a defendia como Harry.

Arthur Weasley, porém, olhava a filha com um olhar severo. Molly porém agora tomava a frente e abraçava os três.

“O que houve em Askaban?” – Molly agora acariciava o ombro do filho mais novo enquanto beijava a bochecha do marido.

“Eles foram ali para se vingar, imagino.” – Harry agora falava calmamente, o olhar ainda severo contra a amada que ficava mais desgostosa à cada segundo. – “Eles assassinaram Lucius Malfoy e todos os demais comensais que traíram o Lorde de alguma forma. Mas libertaram as duas mulheres.”.

“Duas mulheres?” – Hermione estranhara o número, uma vez eu Narcissa Malfoy não estava em Askaban.

“Bellatrix Lestrange e...”

“Lillian Greenieart.”

Após as palavras de Rony o silêncio caiu sobre a sala mais uma vez, até a ruiva mais jovem voltar à suas acusações.

“Viram? Eu sabia! Essa cobra e sua mãe traíram à todos nós! Até mesmo à quem elas diziam amar! Nenhuma delas jamais seriam capaz de amar nada, elas...”

Pá!

E então a ruiva calou a boca quando o rosto fora jogado de lado com a força de um tapa certeiro da mais jovem deles.

A pequena sonserina olhava a ruiva com olhos mareados, embora a expressão fosse de desprezo.

“Minha mãe pode nunca ter amado meu pai. Mas ela amava Severus. E eu também o amava. Amava Severus, e meu pai, e meu cão. Eu amava minha vida e a forma pacífica em que vivíamos, mesmo que eu fosse sozinha.” – a mão ainda estava levantada, pronta para desferir outro tapa se fosse necessário. – “Então não venha você gritar sobre a nossa incapacidade de amar alguma coisa. Não você. Que tem todos que ama aqui em volta. Do seu lado. Você não passa de uma criança mimada e ingrata, que acha que a vida foi injusta com você. Por que? Por que quase perdeu sua família? Eu perdi a minha! Então mostre mais respeito!”.

Ginny acariciou a face avermelhada enquanto observava a jovem mais baixa diante de si. Todos ali estavam calados, porém, quando a ruiva levantou a mão para estapear a morena em resposta, Hermione correu até ela e segurou sua mão ainda no ar.

“Já basta, Ginny.”.

“Não, essa...”

“Já basta.” – A voz de Harry foi firme, embora calma. – “Ginny, suba para o quarto, por favor. Nós precisamos conversar.”.

“O que e ela vai ficar? Não...!”

“Ela vai ficar porque é capaz de ouvir sem acusar ninguém.” – Arthur Weasley tomava a frente agora, Rony junto dele.

“Vocês...” – a ruiva, porém, engoliu o amargo da traição de sua família, subindo as escadas batendo os pés.

Quando ela desapareceu pelas escadas Cecillia respirou fundo, levando a mão até o peito e acariciando a região ali com um olhar doloroso

.

“Ceci, nós...” – George havia agora começado a falar, porém ela apenas levantou a mão na direção deles, para que parasse de falar.

“Não...” – as costas da outra mão esfregava os olhos. – “Olha, eu entendo. É a família de vocês. Mas vocês impediram os sonserinos de entregar Harry para a morte certa vez. Não me condenem por algo que não fiz.”.

Todos se entreolharam e Hermione agora abraçava Cecillia pelos ombros, porém, a jovem desviou dos braços dela com uma destreza típica de uma cobra.

“Ceci...”

“Não se preocupe, Hermione. Eu vou ficar bem, apenas, não acredito que seja mais seguro para mim ficar aqui. Eu irei procurar um lugar para ficar...” – ela observou Molly morder os lábios. – “Sem ressentimentos, Senhora Weasley.”.

“Bem, nesse caso, Ceci.” – Harry agora andava até ela. – “A ordem precisa de você, e se você aceitar... Terá um outro lugar aonde morar.”.

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