Cecillia: 8

Alfred Liebfreid.

Os Liebfrieds eram uma família sonserina de sangue-puro muito dedicados à família, de forma que antes mesmo de casaram-se Lillian já havia passado diversas tardes na casa dos pais de Alfred. Eram um casal bastante velhinho que parecia muito feliz em ver o filho por fim feliz e acompanhado...

Ao que parecia, Alfred nunca havia levado nenhuma namorada para conhecer os pais e sempre falara dela desde as épocas do colégio... Era um pouco desconcertante estar na presença de idosos tão simpáticos quando ela sentia-se fazendo trabalho voluntário e não verdadeiramente amando o filho deles, mas, ela havia jurado à professora de que seguiria com sua vida, e assim, o fez.

Alfred não demorou muito para pedir uma herdeira. Ele sonhava com uma menina, e isso se encaixou perfeitamente na maldição das Greeniearts.

Lillian lhe explicou que a maldição estabelecia algumas coisas e o marido aceitou de bom-grado. Ela reconheceu a si mesma nele. A mesma dedicação e amor cego que ela dedicava à Severus o marido dedicava à ela, e assim, ela não pôde negá-lo.

Poucos meses depois, Lillian estava grávida de uma menina, Cecillia, e a gravidez foi boa e saudável. Alfred e os pais mimavam a menina antes mesmo de ela nascer e usavam bastante da riqueza da família para comprar tudo que a menina poderia precisar um dia.

Logo ao nascer Cecillia já tinha tudo que um bebê bruxo poderia precisar. Coruja correio, animal de estimação e todo tipo de brinquedo, educativo ou não do mundo bruxo.

Ela tinha olhos azuis como os do pai e seus cabelos eram castanho, levemente puxados para o vermelho. Na luz do sol eles tornavam-se ruivinhos e claros e por causa disso, Lillian começou a se questionar mais uma vez se fizera a coisa certa em relação à Lillian Potter. À Harry Potter. Aos Weasleys e à Hermione Granger...

Começou a se questionar se fizera a coisa certa, e assim, passaram-se os anos.

Lillian passava dias a fio enterrada na biblioteca da mansão dos Liebfrieds enquanto Alfred e seus pais criavam a pequena menina.

Ela era linda e talentosa e a cada ano que passava ela tornava-se melhor e mais especial. Embora Alfred e os avós achassem Lillian irresponsável, Cecillia tornara-se a alegria e a vida da casa, de forma que tudo era deixado de lado.

Quando ela completou seus 11 anos, Alfred levou-a ao Beco Diagonal para comprar suas coisas. Ela foi escolhida por uma varinha bastante especial... 25,4cm, revestimento de sycamore, cerne de pêlo de cauda de unicórnio e inflexível, a varinha, segundo Olivaras, era uma varinha muito poderosa, especial para pessoas respeitáveis, mas, dúbias, era necessário que Cecillia tivesse um senso de justiça forte, uma vez que uma varinha tão poderosa era uma grande responsabilidade.

A garota era jovem, mas, entendeu bem o que isso significava. O pai confiava em seu julgamento, e por isso, quando saíram da loja do Olivaras ele pôde dizer apenas uma coisa:

“Uma varinha especial, para uma bruxa especial.” - ele sorriu e acariciou os cabelos ondulados e longos da filha. - “Eu confio em você, Cecillia. Por favor, não traia minha confiança.”.

“Eu prometo, pai.” -a garota pequenina respondeu com um sorriso, de mãos dadas com o pai, alto e loiro de olhos azuis, aparência tipicamente alemã. - “Não vou trair a sua confiança.”.

Hogwarts estava normal uma vez que não havia mais guerra, uma paz pairava sobre o castelo agora reerguido e os únicos duelos de varinhas que aconteciam eram nas aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas.

Os demais comensais estavam lentamente sendo capturados, e Alfred acompanhava as notícias pelos jornais bruxos, sempre atento de possíveis figuras perigosas ao redor de Hogwarts. Acima da proteção dele ou de sua mulher, ele valorizava a proteção de sua filha, a menina de seus olhos, sua menina. Uma vez que Lillian não mais convivia com ele, apenas passava todo o seu tempo na biblioteca, a menina era sua única alegria.

Cecillia sempre voltava para casa, mesmo nos feriados mais curtos, ela sabia o quanto o pai se sentia sozinho, e ela mesma não era muito popular em Hogwarts. Todos a observavam como a filha da Comensal anímaga que traíra todos os demais... Isso era bom, o fato de ela ter entregado os Comensais, mas, alguns questionavam de que lado estava verdadeiramente sua lealdade.

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