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Cecillia: 4

  • Foto do escritor: Giovanna Saggiomo
    Giovanna Saggiomo
  • 11 de mai. de 2016
  • 3 min de leitura

Os anos foram passando e em pouco tempo Lillian havia perdido completamente a noção do tempo.

Ela passava mais tempo escondida nos quartéis dos Comensais do que no campo de batalha, de forma que para ela era completamente seguro ser uma comensal.

Bastava continuar criando, encontrando ou amaldiçoando os objetos escolhidos por Voldemort e ela mantinha sua vida a salvo, era bem financiada e ainda conseguia ver Severus, quer dizer, Snape. Após a briga deles, Severus havia ordenado que ela o chamasse apenas pelo sobrenome. E algumas vezes, ela tinha notícias dele.

A guerra ia bem... Bom, terrível. Mortes, assassinatos, encenações, destruições em massa, tudo ia... Normal, até a profecia ser descoberta pelo lorde. O menino, para a felicidade, ou talvez sorte de Lillian, era o filho de sua eterna inimiga, Lilian Potter e de seu maldito marido, James Potter.

Pettigrew tivera um de seus dedos cortados para poderem incriminar Sirius Black, e logo a constante vigilância na casa dos Potter estava bastante danificada.

Quando o lorde pensou em invadir a casa, Lillian pediu para ir junto, porém, o lorde não permitiu, disse que não queria uma varinha quebrada no campo. Disse que esse era um trabalho especial para ele.

E assim, quando o lorde lhe proibiu ver a mulher que roubara dela o amor de sua vida morta, ela não teve a menor dúvida. Seguiu-os, em silêncio, e esperou. Esperou que os gritos cessassem, e quando tudo desapareceu, ela entrou correndo na casa para ver o fim que aquele monstro levara.

Encontrou o corpo de James Potter nas escadas e passou por ele sem se importar, subiu até o quarto, de onde ouvia um bebê chorando, e sem entender bem o que acontecera entrou no quarto.

No berço o bebê chorava, com uma grande cicatriz em formato de raio em sua testa e no chão, jazia o corpo da ruiva.

No primeiro instante olhou-a com orgulho, com superioridade, rindo de sua morte, porém, conforme seu riso tornava-se mais fraco e o choro do bebê mais alto, ela parou de rir ou de sorrir.

“Talvez seu fim não tenha significado nada...” - suspirou fundo e olhando o corpo da mulher, abaixou-se, agora olhando para o bebê. - “Eu sinto...”

E então, antes que ela pudesse terminar a frase, ouviu um barulho no andar debaixo. A pessoa agora subia as escadas e ela então pulou pela janela, escondendo-se num arbusto.

Reconheceu então o grito de dor de seu amado. Era Snape. Severus fora ver sua amada morta, e agora, gritava de dor devido à perda. Ela baixou o rosto, e junto dele chorou a dor.

Severus chorava a dor de ter perdido, pela segunda vez, a mulher que amava. E Lillian chorava por continuar sem o seu amado, mesmo após a morte da mulher que ela culpava.

E assim, durante todo o tempo que Severus chorou e gritou no quarto, Lillian chorou escondida nas moitas dos jardins dos Potter.

‘De que adiantou? De que adiantou tornar um garotinho órfão?’ e embora a culpa devorasse aos poucos o interior de Lillian, ela não podia, não conseguia deixar de pensar... ‘E se agora que ela morreu... Ele me notar? E se agora sem ela ele me notar?’ e assim sobrou a esperança.

Da pequena garota que fora para Hogwarts com seus tênis combinando com as cores da Sonserina sobrara agora apenas uma mulher de coração partido. Suas esperanças eram mínimas, mas não estavam quebradas, ela não podia deixar que elas se quebrassem.

Não podia deixar que suas esperanças fossem completamente despedaçadas, e assim, ela manteve-se no único lugar que conhecia, depois de todos aqueles anos, o quartel general dos Comensais da Morte.

Com seu tempo livre, começou a imaginar o que poderia ter feito de diferente, o que poderia fazer para que Severus lhe amasse, o que poderia fazer para ter a sua atenção e carinho, no geral, o que poderia fazer para tê-lo?

Os anos se passaram, e quando os aurores foram atrás dela ela apenas tomou a forma da lontra e desapareceu no lago negro, podendo agora observar de perto o novo professor de poções de Hogwarts, seu eterno amado, Severus.

Os anos em Hogwarts passaram-se ainda mais rapidamente que os demais, ela assistia todos os acontecimentos de camarote. As histórias de Potter e seus amigos. Eram sempre tão unidos e pareciam divertir-se tanto... Ela não conseguia detestar ou culpar o garoto pelo ocorrido, porém, ainda assim não ia muito com a cara deles, afinal, crianças ou não, eles eram grifinórios e ela sabia o quanto grifinórios podiam ser cruéis...

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