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Cecillia: 3

  • Foto do escritor: Giovanna Saggiomo
    Giovanna Saggiomo
  • 8 de mai. de 2016
  • 3 min de leitura

“Lillian Greenieart.” - o homem diante dela mantinha um sorriso cruel e quase desumano em seu rosto. - “Então você decidiu unir-se a nós? Oras... Esse ano estamos tendo tanta procura... Tantos sonserinos promissores...”

“Eu ficaria feliz em servi-lo, Milorde.” - a morena proclamava de forma lenta e de certa forma, temorosa. Ela não podia mostrar a ele seu medo. - “Usarei de todo o meu potencial em seu nome”.

O homem diante de Lillian não era ninguém menos que o fatal Voldemort, e ela sabia no que estava se metendo, sabia que se ele a achasse inútil, ou não merecedora de sua confiança, ele lhe mataria num piscar de olhos, e ainda assim ela não conseguia arrepender-se de estar ali.

Arrepender-se de seguir Severus Snape até aquele maldito esconderijo esquecido por todos onde todos aqueles vultos mascarados riam suas conquistas. A morte de tantos bruxos talentosos que muitas vezes sequer haviam visto o que lhes havia acertado.

De início, ela sentiu nojo, náuseas. Como alguém poderia se vangloriar de tirar a vida de alguém?

E então aquela sensação conhecida lhe acertou o fundo do estômago.

Lilian Evans. Alias, Lilian Potter.

Sim, essa era uma morte que Lillian adoraria presenciar, ou talvez até mesmo ser a responsável.

A mulher que roubara a atenção, o amor e o carinho do único homem que Lillian seria capaz de amar a vida toda. Sim, essa seria uma mulher que Lillian mataria com prazer.

Então, era assim. Era assim que Lillian veria todos os comensais, e também o lorde. Reconheceria neles todas as características de pessoas tristes e abandonadas por seus amados, pessoas cujos amantes foram roubados.

E assim, assim seria capaz de se unir a eles. Capaz de usar seu potencial por eles. Capaz de lutar com eles.

“Porém, até a última vez que tive notícias de Hogwarts soube que era péssima com feitiços, Greenieart...” - o lorde corrigiu lhe encarando, esperando uma resposta. - “Isso mudou?”

“É bem verdade que não sou boa em feitiços, Milorde.” - ela reconheceu temendo por sua vida, porém, respirando fundo ela resolvera continuar. - “Porém, sou uma ótima inventora. E acredito que possa vir a ser muito útil.”.

“Inventora...? E o que você já inventou, Lillian?” - o lorde parecia testá-la. Testar seus nervos. - “E então?”

“Até agora eu inventei algumas joias com propriedades bastantes... Úteis...” - ela respondeu o mais lenta e claramente possível, tentando respirar devagar. - “Além disso, sou uma anímaga. Acredito que isso poderia ser útil se desejasse algum tipo de espionagem.”.

“Uma anímaga... Que impressionante.” - o lorde agora a media de cima a baixo, como se duvidasse das habilidades da bruxa. - “E que forma você assume?”.

“Uma lontra.” - Lillian respondeu de forma leve e clara, olhando o lorde nos olhos, o que não o agradou muito.

“Prove.”

E assim fez Lillian, fechando os olhos e tornando-se uma bela e esbelta lontra diante dos olhos daquele-que-não-se-deve-ser-nomeado.

“Muito bem.” - o lorde concluiu acenando para que ela voltasse á forma humana e apontando sua varinha contra o antebraço da mesma quando ela o fez. - “Bem-vinda aos Comensais da Morte, Lillian Greenieart.”

E então, ela sentiu como se as chamas devorassem seu braço, percorressem suas veias, e quando por fim a dor cessou ela pôde ver a marca negra registrada ali.

“É um prazer, Milorde.”

E então, finito. Estava feito, e não podia ser desfeito. Ela agora seguiria cegamente um assassino apenas para estar próximo do homem que amava. E lhe parecia um sacrifício justo.

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