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Cecillia: 1

  • Foto do escritor: Giovanna Saggiomo
    Giovanna Saggiomo
  • 2 de mai. de 2016
  • 2 min de leitura

“Lillian!” - chamou a mãe já segurando o malão verde escuro da filha. - “Se não correr nós não vamos conseguir chegar à plataforma antes do trem partir! - estranhando a demora da filha ela resolveu entrar no quarto. - “Oh, meu Deus! O que você está fazendo?“.

Milliane, a mãe, observava a filha com sua varinha na mão, apontando na direção de seus tênis negros.

Lillian tinha cabelos castanhos encaracolados e curtos, os cachinhos enfeitando levemente sua nuca infantil e delicada. Seus olhos negros encaravam os pequeninos tênis de forma atenta e altiva.

“Oras, vou mudar a cor dos tênis para combinar com as cores da Sonserina!”- ela concluiu como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo.

“E como sabe que vai ser sorteada para a Sonserina, minha querida?”- era bem verdade que toda a família Greenieart pertencera à Sonserina, mas, a certeza apresentada pela filha era encantadora. - “Ah, e como pretende fazer isso, senhorita primeiranista?”.

“É muito simples, mamãe! Tão simples!”- a filha respondeu orgulhosamente, mostrando o livro de transfiguração novinho. - “Mudar de cor é o primeiro capítulo!”.

E com um balançar de varinha os pequeninos tênis negros tornaram-se verdes de cadarços pratas.

“Foi fantástico, Lilly...” - a mãe admitiu, esquecendo a pressa por alguns segundos enquanto observava boquiaberta os pequeninos tênis, completamente orgulhosa. - “Ah! Calce-os depressa, querida! Estamos atrasadas!”.

E assim, começou a correria, mãe, malões, filha e coruja correndo contra o tempo em direção à plataforma 9 ¾.

Quando por fim chegaram, a maioria dos alunos já estavam dentro do trem, Lillian teve que despedir-se rapidamente de sua mãe para poder escolher seu lugar no trem, passou então algumas portas, e por uma delas pôde ver dois alunos.

Uma garota baixinha e sorridente, de cabelos longos, lisos e ruivos e um garoto de cabelos curtos e castanhos, que a encarava de forma alegre e ria com a mesma, eles eram verdadeiramente encantadores.

Lillian sorriu pelo vidro e acenou aos mesmos, esperando que os olhos castanhos eles se encontrassem com os dela, porém, eles não a notaram.

Ela resolveu então dar leves batidinhas no vidro, porém, mais uma vez eles não a notaram. A pequenina ruiva ria de forma tão animada que Lillian resolveu desistir de unir-se a eles, olhou uma última vez para os dois e deu um sorriso fraco antes de sair andando.

Sua mãe avisara-a que talvez os demais bruxos não fossem muito amigáveis com ela devido a seu sobrenome, mas, ela sequer havia se apresentado...

Ela balançou sua cabeça rapidamente e voltou a andar, até encontrar um compartimento vazio onde se acomodou e acenou para a mãe pela janela, poucos segundos antes do trem sair da plataforma.

‘Tomara que tudo dê certo’, pensou a garota enquanto apoiava a cabeça contra o vidro da janela e sorria fechando os olhos.

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