Atalho: 21
- Giovanna Saggiomo
- 8 de abr. de 2016
- 2 min de leitura
"Emilly...?" - a voz saíra provavelmente fria demais, uma vez que a ruiva parara imediatamente de puxá-lo contra si. - "Onde conseguiu isso...?".
Ele podia ver o pânico se instalando nela, sem ela saber o motivo de ele ter parado daquela forma. A voz dela era trêmula quando ela começou a respondê-lo.
"E... Eu encontrei... Na mansão do lado de casa... Aquela onde nos encontramos pela primeira vez... Quando era menor e ia lá... Para ler...".
Então a mãe estava certa. A jóia realmente estava lá durante tanto tempo... Eles apenas não a haviam encontrado porque uma trouxa a havia pego.
"Tire-o. Tire-o já!".
A ordem do loiro saíra mais autoritária do que ele desejara. Ele podia ver o terror no rosto da jovem quando ela abriu o sutiã por aquela mesma faixa e tirou o anel dali, entregando-o a ele.
Draco não sabia exatamente o que aquele anel fazia, mas sabia que ele era fatal... Era para isso que Matilda o havia enfeitiçado. Para matar.
"Nã... Não saia daqui." - ele começou a se levantar, porém, ao olhar para a trouxa a encontrou com lágrimas nos olhos. - "Me desculpe.".
Ele não era de se explicar. Nunca fora, e com certeza, não seria naquele momento que começaria a ser. Não sabia há quanto tempo aquele anel estava com a trouxa. E não saia qual era o efeito dele...
Não sabia o que ele havia feito à trouxa. Não sabia o que ele poderia fazer. Não sabia o que poderia acontecer... Não sabia de nada...
Devia ter prestado atenção ao que sua mãe lhe dissera sobre o anel... Mas ele havia achado o assunto desinteressante e tedioso...
Ele não sabia. Ele não sabia de nada. E não bastasse isso, a única mulher que fora capaz de amá-lo além de sua mãe estava agora aos prantos abandonada sozinha em seu quarto...
Ele se sentiu mais uma vez um menino perdido. Como em Hogwarts. Com tantas missões, com tanto medo, tão confuso e sozinho, sem ter com quem contar, com quem conversar, quem pudesse lhe responder e ajudar...
O melhor amigo talvez houvesse prestado mais atenção ao que Narcissa havia dito, mas ele não queria vê-lo. Não agora. Não quando a única imagem em sua mente era a trouxa em prantos e seminua em seu quarto.
Havia sido um monstro... Ele sabia disso.
Não era bom em cuidar de mulheres, e talvez por isso Pansy sequer olhasse em seu rosto mais, e talvez fosse isso que aconteceria com Emilly quando ela conseguisse parar de chorar. Ela iria embora... E talvez Blaise a ajudasse a fugir...
Ele era assim, Don Juan, defensor das mulheres de monstros como Draco... Mas era muito cruel que aquele mesmo homem também fosse seu melhor amigo e sua única companhia...
Era cruel demais.
Por isso, faria o que sabia fazer melhor... Iria arrancar as respostas de quem quer que pudesse lhe dar...
Quando deu por si, já estava descendo as escadas, quase na sala, gritando dali mesmo.
"Matildaaaa!".
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