Atalho: 20
- Giovanna Saggiomo
- 6 de abr. de 2016
- 2 min de leitura
"Hey, Draco..." - a trouxa tentou parar, mas quando suas mãos tocaram o peito nu dele ela perdeu a vontade de afastá-lo.
Uma sensação estranha, como a de um pequeno choque, percorreu todo seu corpo, arrepiando seus braços, sua barriga, e até mesmo suas pernas.
Aquela sensação de ter borboletas no estômago.
As mãos dela, que antes tentavam afastar o corpo dele agora tateavam-no, sentiam melhor a textura de seu corpo, tateavam a cicatriz com leveza, carinho e curiosidade, talvez até mesmo um pouco de medo, quase como uma criança.
Aquela doçura dela derretia o loiro. E o loiro a derretia, com facilidade, mesmo quando era firme, doce, misterioso, ciumento, ou simplesmente orgulhoso... Tudo nele a fazia sentir as pernas ficarem bambas e a boca seca de pânico. Ela nunca sentira nada assim...
Ele não teve dificuldade alguma em deitá-la na cama e ir lentamente subindo sobre ela, ela estava entregue, já sem controle de seus músculos sentimentos ou sensações, e seria mentira dele se dissesse estar fazendo aquilo apenas por seu plano. As pernas ao redor de uma das dela, uma das mãos envolvendo sua cintura, a outra, em sua nuca, brincando nos fios de cabelo ruivos macios e cheirosos de sua nuca.
Ela não o negava mais, ao menos, não por enquanto. Ela não parecia ser mais capaz disso. Sentia algo que não sabia bem descrever... Uma.. Fome? Não, não era exatamente fome, mas era algo semelhante àquilo. Talvez, uma mistura de fome, sede, necessidade, desespero e desejo... É, era algo mais ou menos assim.
Ela não tinha total consciência de como tudo aquilo estava acontecendo, mas podia sentir a pele arrepiando, as pernas tocando a dele por cima de sua calça de pijamas. As mãos estavam envolvendo lentamente seus ombros, roçando a pontinhas de seus dedos em sua nuca, sentindo como os fios de cabelo loiros dali ainda estavam úmidos, convidando-o a aproximar-se mais... E assim ele fez.
As mãos do loiro correram rapidamente até a cintura dela, apertando levemente, sentindo seu contorno, sua maciez e leveza, começando a tirar sua regata roxa de pijamas, sem hesitação, sem preocupações. E tudo teria corrido bem, e possivelmente continuado não fosse pelo objeto que Draco vira ao arrancar aquela peça de roupa dela.
Preso no centro do sutiã dela, naquela minúscula faixa de tecido que conecta os bojos, entre seus seios, estava o objeto que ele fora buscar no mundo trouxa da primeira vez que a havia visto.
A antiga jóia de família aparentemente sem significado que Narcissa insistira tanto que ele mesmo fosse buscar, acompanhado, por ser um objeto perigoso, traiçoeiro e amaldiçoado.
Será que fora por isso que ela havia infernizado tanto a trouxa? Será que ela já havia o visto ou havia notado de qualquer forma? Não, não era possível... Ela deveria ter, no máximo sentido, a energia que emanava daquilo...
Ou será que talvez fosse apenas azar por parte da trouxa...? Aquilo era muito duvidoso e pouco provável, mas ele não saberia julgar agora...
O objeto pendurado no sutiã da mulher que ele amava, a jóia amaldiçoada que sua família buscava por gerações sem sucesso, era esse...
O anel de Matilda.
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