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Atalho: 15

  • Foto do escritor: Giovanna Saggiomo
    Giovanna Saggiomo
  • 27 de mar. de 2016
  • 3 min de leitura

O cômodo onde se encontravam era um quarto. Assim como o restante da casa, era amplo e de móveis rústicos. Uma cama de casal de lençóis verdes, com criados-mudos próximos da mesma, um guarda-roupa exageradamente grande e uma porta larga que parecia levar a um banheiro. Ela ainda olhava em volta quando Draco voltou a andar. Andou até próximo da cama e sentou-se na beirada da mesma, sentando agora a pequena trouxa em seu colo. Uma das mãos manteve-se em suas costas, e a outra subiu pelo corpo dela até seus cabelos, aonde o mesmo segurava de forma firme. Os lábios do mesmo percorreram sem demora a curta distância que existia entre eles e os dela e ele a tomou para si de forma demandante e desejosa. Havia cansado de esperar, na verdade, tinha medo de esperar. Ele a desejava demais, e ao mesmo tempo a amava demais. Tinha medo de perdê-la, por um motivo ou por outro e aquilo fazia o coração do mesmo acelerar. Ele podia ouvir o peito gritando 'Faça-a sua! Faça-a sua antes que ela se vá!' e aquele desejo egoísta apenas crescia cada vez mais dentro dele. Ele rolou com ela em seu colo pela cama, colocando-se por cima dela, e assim o beijo continuou. A mão que estava nas costas da trouxa logo contornava sua cintura e a tocava com força ali, os dedos começando a embrenhar-se por baixo da bata que ele lhe dera, tocando a pele pálida que parecia se entregar aos arrepios causados por ele. Por um instante quis muito tê-la, muito mesmo, mas as mãos dela agora tocavam seu peito e empurravam-no para mais longe. Ficou dividido entre fingir não ter notado ou parar, e acabou parando. Ela era mais importante do que aquilo.

"D-Draco... Espera...". - por baixo dele ela estava totalmente corada e ofegante, os seios balançavam violentamente junto de sua respiração. - "E-eu... Eu não...". "Está tudo bem..." - o loiro engoliu a mágoa e a frustração com uma respiração funda, ela não o queria da mesma forma que ele a queria. - "Você precisa descansar, não? Bem, tem algumas roupas do armário, se quiser se trocar... Eu vou descer e pedir algo.".

Ele se levantou devagar, ficando inicialmente ajoelhado sobre a cama observando-a. Ela era linda, mas ela não o desejava. O sorriso dele falhou um pouco enquanto ele começava a virar de costas se levantando, porém agora Emilly o segurava pelo braço o impedindo de se levantar.

"Eu te amo..." - ela agora o olhava atenciosamente, notara que o havia ferido. - "E te desejo também, mais do que já desejei qualquer outra pessoa... Eu só... Não acho que esteja pronta...".

O sorriso dele tornou-se mais leve, a fala dela parecia tê-lo agradado, e ele agora se abaixava sobre ela, lhe dando um selinho doce e rápido.

"Eu também te amo... Vou descer e ver algo para você comer...". "Está bem... Obrigada..." - ela abriu um sorriso doce para ele e se deitou novamente, observando-o com olhos atentos enquanto o mesmo deixava o quarto.

Respirou fundo e engoliu em seco, sentindo o corpo latejar à cada nova respiração. A verdade é que o desejava, mais que tudo, mas ainda estava fraca e não se sentia bem ou digna dele, ainda mais depois de ouvir os berros dos quadros.

Magia. Essa era a palavra que ela mais falava desde criança. Sempre acreditara em bruxos, bruxas, magia e tudo aquilo que girava em torno desse mundo mágico. E agora, aqui estava ela, no meio dele. Morando com um bruxo, e bem, ela não sabia se morando era a palavra correta. Ela o havia aceitado, mas não tivera coragem de saber bem no que o havia aceitado. Como namorado? Como noivo? Como marido? Ela não teria bem como saber até perguntar para o loiro, mas, não conseguiria perguntar isso diretamente. Ela agora se levantou da cama e andou até o guarda-roupa. Ao abrí-lo um sorriso largo se instalou em sua face. Havia muitos vestidos pendurados, a grande maioria bastante leve e em tons pastéis, alguns verdes e pretos e alguns outros mais chiques que pareciam ser para festas ou reuniões mais sérias. Algumas calças de quase todo tipo de tecido, principalmente jeans, que era o que ela mais usava, alguns sobretudos e capas. Nas gavetas, algumas outras roupas, a grande maioria coloridas, mas diversas em verde. Ele comprara tudo aquilo para ela? Ela soltou um riso frágil e aproximou-se de um dos vestidos leves verdes, aspirando-o, sentindo nele o perfume do loiro. Retirou o vestido e vestiu-o, guardando as demais roupas com cuidado, aproveitando para explorar melhor o armário e suas roupas. E então, quando estava pronta, saiu do quarto.

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